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A maior campanha do mundo sobre Saúde Mental!

Janeiro Branco, a campanha brasileira sobre Saúde Mental e a maior do mundo sobre o tema.

Milhares de entrevistas, de lives, de palestras, de rodas de conversa e de diversas outras formas de psicoeducação social sobre Saúde Mental.

Uma Campanha desenvolvida por indivíduos e por instituições sociais de todo o Brasil, de ponta à ponta do país e em todas as suas regiões️.

Um país inteiro coberto por cidadãos e por profissionais da Saúde dedicados a um mundo melhor, com mais solidariedade entre as pessoas e mais informações de qualidade sobre suas condições psicológicas e psicodinâmicas.

Milhões de pessoas positivamente impactadas a respeito de assuntos que dizem respeito às suas vidas privadas e sociais, particulares e coletivas️.

Milhares de instituições públicas e privadas inspiradas a pensarem em Saúde Mental.

Milhares de autoridades públicas inspiradas, influenciadas, cobradas e convidadas a fazerem a sua parte na construção de uma cultura da Saúde Mental no mundo.

Psicoeducação nos meios de comunicação de massa.

Psicoeducação nas redes sociais.

Psicoeducação nas igrejas.

Psicoeducação em empresas, em prefeituras, casas legislativas e em lares de todo o país.

Um dos principais temas da humanidade em pauta por 31 dias seguidos — e mais: ao alcance de todo mundo e de forma ética, leve, acessível, didática, pedagógica, inclusiva, democrática, humanista, criativa, democrática, transversal, transdisciplinar, reflexiva, integrativa, proativa e propositiva.

Uma campanha que dialoga com todo mundo e que cresce em importância à cada edição — como atestam os seus números, os seus meios, as suas conquistas, os convites que recebe, os feedbacks que lhe são entregues, os espaços que lhe são abertos, os carinhos que lhe são destinados, o afeto com que sempre é recebida e os semblantes de esperança com que é acolhida em todo e em qualquer lugar.

Um presente do Brasil para o mundo.

Uma Campanha com alma de filosofia de vida e uma filosofia de vida com jeito de Campanha.

Amor à humanidade à toda prova.

Responsabilidade social. Ética profissional. Utilidade pública.

POR UMA CULTURA DA SAÚDE MENTAL!️

Campanha Janeiro Branco ressalta a importância dos cuidados

Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo e à jornalista @silviahaidar, o psicólogo Leonardo Abrahão explica a importância redobrada da Campanha Janeiro Branco em tempos de pandemia e como indivíduos e instituições sociais podem somar ao pacto pela Saúde Mental que a humanidade necessita firmar em benefício de si mesma e de todo o planeta.

Agradecemos à jornalista @silviahaidar e ao Jornal Folha de São Paulo por darem voz e visibilidade à causa da Saúde Mental e à campanha brasileira de Saúde Mental — o Janeiro Branco.

Fonte: Folha de São Paulo

Leia, abaixo, a entrevista do psicólogo Leonardo Abrahão ao Jornal Folha de São Paulo.

 

Com os impactos que a pandemia da Covid-19 tem provocado na saúde mental, como o aumento de sintomas depressivos e de ansiedade, a campanha Janeiro Branco deste ano traz a mensagem de que todo cuidado conta.
Criado em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão, o movimento tem como objetivo chamar a atenção da população para a importância dos cuidados com a saúde emocional.
Apesar de o debate sobre o tema ter ganhado mais espaço nos últimos meses devido aos desafios impostos pelas condições do isolamento social, Leonardo diz que ainda estamos longe de superar os estigmas em relação aos transtornos psicológicos.
“No entanto, em 2020, não houve quem não tenha sofrido com tudo o que aconteceu no mundo. Isso, com certeza, atrairá a nossa atenção para o que deve ser melhor conduzido em nossas vidas particulares e coletivas, inclusive em relação à saúde mental”, ressalta o psicólogo.
“Toda vez que a dor chega à humanidade, a humanidade se coloca a pensar sobre si mesma, sobre suas condições de existência, suas escolhas, seus acertos e seus erros em relação aos mais variados assuntos. Isso, obviamente, contribui para o lançamento de luzes sobre questões normalmente desprezadas ou encobertas por tabus”, observa.
Para respeitar as regras de distanciamento, nesta edição do Janeiro Branco não haverá palestras e rodas de conversa em lugares públicos, como nos anos anteriores. Os eventos serão feitos por lives e postagens nas redes sociais e no site da campanha.
Leia abaixo a entrevista com o psicólogo.
Com a pandemia, o ano de 2020 foi o que mais se falou em saúde mental. Você acha que esse debate ajudou as pessoas a se educarem sobre tema e a diminuir o estigma em relação aos transtornos mentais? 
Ainda não. Os estigmas ainda existem e existirão por um bom tempo. Infelizmente, a falta de uma cultura da saúde mental no mundo ainda deixará espaço para muitos preconceitos continuarem persistindo em meio aos relacionamentos humanos. É também contra isso que a campanha Janeiro Branco luta.
Porém, pelo fato de os desafios que a humanidade enfrentou no ano passado terem produzido intensas consequências prejudiciais à saúde mental de um número incalculável de pessoas, as dores que essas pessoas sentiram também as levarão a pensar sobre a importância da saúde mental em suas vidas.
Toda vez que a dor chega à humanidade, a humanidade se coloca a pensar sobre si mesma, sobre suas condições de existência, suas escolhas, seus acertos e seus erros em relação aos mais variados assuntos. Isso, obviamente, contribui para o lançamento de luzes sobre questões normalmente desprezadas ou encobertas por tabus.
Em 2020, a humanidade foi obrigada a pensar, de forma bastante ampliada, sobre questões direta e indiretamente ligadas à saúde mental dos indivíduos, como, por exemplo, educação infantil longe das escolas, lares transformados em ambiente de trabalho, vida sexual em tempos de isolamento social, distanciamento dos idosos, risco de desempregolutos inesperados, inconsequências políticas e falta de recursos financeiros para a sustentação da vida material.
Tudo isso diz respeito às múltiplas dimensões em que a saúde mental dos indivíduos opera. Os antigos estigmas relacionados à saúde mental dos seres humanos ainda persistirão por um bom tempo. Ainda vamos precisar de muitos janeiros brancos para melhorias nesse campo.
No entanto, em 2020, não houve quem não tenha sofrido com tudo o que aconteceu no mundo. Isso, com certeza, atrairá a nossa atenção para o que deve ser melhor conduzido em nossas vidas particulares e coletivas, inclusive em relação à saúde mental.
O debate sobre a importância de cuidar da saúde mental já chegou às empresas em relação aos seus funcionários? 
Não, ainda é um desafio e necessitaremos de muitos janeiros brancos para que uma verdadeira cultura da saúde mental permeie todas as relações humanas. Ainda estamos no início do processo de conscientização das pessoas e das instituições a respeito de tudo o que se relaciona às condições psicológicas e subjetivas dos indivíduos.
Além disso, as lógicas e as ideologias dos nossos sistemas sociais, culturais, produtivos e econômicos ainda são bastante compromissadas com imperativos materialistas, financistas, competitivos, particulares e individualistas indiferentes à saúde mental da maioria das pessoas em nossa sociedade, que é profundamente ignorante em relação às condições psicodinâmicas dos seres humanos.
O nosso analfabetismo emocional e o nosso desprezo à psicoeducação ainda cobra um preço muito alto da humanidade e até mesmo das empresas que não olham para as realidades subjetivas dos indivíduos que as compõem, que as operam e as sustentam.
O Ministério da Saúde anunciou que deve revogar uma série de portarias que estruturam a política de saúde mental no país. Entre as propostas, está o fim do programa de Volta para Casa, que promove a reinserção social de pacientes com transtornos mentais, e mudanças no atendimento dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), como a extinção daqueles voltados exclusivamente a usuários de drogas e álcool. De que forma essas medidas podem prejudicar a área de saúde mental no atendimento público?   
Caso venham a ser adotadas, essas medidas estarão na contramão de tudo o que diz respeito ao processo humanizatório e ao perfil democrático, social e progressista com que a política nacional de saúde mental vem sendo construída desde o início do período de redemocratização do nosso país e da eclosão das lutas antimanicomiais que a consubstanciaram.
A arbitrária substituição de uma visão holística, integrativa, humanista, multiprofissional e interdisciplinar de serviços psicossociais por uma visão medicalizante, privatista, individualista, psiquiatralizante e hospitalocêntrica agredirá valorosos princípios epistemológicos, metodológicos e estruturantes do SUS (Sistema Único de Saúde), assim como acabará resultando em sérios retrocessos a modelos excludentes e questionáveis de atendimento em saúde mental que a reforma psiquiátrica brasileira há muito tempo superou.
A educação sobre saúde mental e a diminuição do estigma em relação aos transtornos podem ser alguns dos resultados positivos que poderemos tirar desse período de pandemia? 
Esses resultados positivos desabrocharão no futuro. Os desafios que a humanidade viu-se obrigada a olhar com mais atenção em 2020 apenas começaram a mostrar a extensão, a seriedade e a profundidade das múltiplas ignorâncias e das inconsequências que ela possuía em relação a si mesma –como, por exemplo, o fato de não conseguir parar atividades econômicas mesmo em nome da proteção da vida de milhares de pessoas.
O que a humanidade já possui acumulado em termos econômicos seria suficiente para proteger todas as pessoas do mundo obrigadas ao isolamento social. O que falta é vontade política por parte de poderosos grupos de indivíduos obsessivamente insaciáveis e uma cultura da saúde mental capaz de proteger o mundo das sombras e do desequilíbrio egocentrado desses mesmos indivíduos.
No futuro, 2020 será chamado de ano-lupa, ano-luneta ou ano-microscópio: ele escancarou e revelou novas e velhas verdades absurdamente negadas por um número absurdo de pessoas cientes de que são pertencentes a uma espécie caracterizada por racionalidade, consciência e senciência, que é a espécie Homo sapiens.
Como a pandemia tem impactado a saúde mental da população? 
Muito do impacto da pandemia na saúde mental é absolutamente compreensível, normal e esperado. É normal sentir medo, ansiedade, alteração no apetite, tendência ao autoisolamento, humor deprimido, insônia eventual perante situações de estresse, angústia ou incertezas.
Há quem tenha começado a sentir dores inéditas no corpo, há que tenha percebido aumento na própria agressividade em relação a pessoas próximas. Também há pessoas que não conseguem mais enxergar sentido no casamento, no trabalho ou na religião que seguem. Essas são possibilidades absolutamente razoáveis e pertinentes em tempos como os que estamos vivendo.
O problema é quando as reações, por mais naturais e previsíveis que possam ser, começam a gerar sofrimentos intermináveis, perigo aos indivíduos e desfuncionalidades pessoais ou sociais. Nesses casos, a procura de ajuda profissional é altamente recomendada.
Quando sairmos dessa pandemia, quais sintomas devem ser os mais sentidos?
Seres humanos são infinitos particulares e universos irrepetíveis. Porém, a experiência nos mostra que a pandemia têm relação a muitas circunstâncias ligadas à origem de transtornos mentais como, por exemplo, transtorno do estresse pós-traumático, fobia social ou transtornos obsessivos compulsivos (TOC).
Em paralelo à pandemia da Covid-19 já é possível perceber a ocorrência de uma verdadeira pandemia em relação à saúde mental. Estudos já apontam aumento nos casos de depressão, de transtornos de ansiedade, de uso abusivo de substâncias psicoativas, de abuso infantil, de violência doméstica e de suicídios. Mais do que nunca, a mensagem da campanha Janeiro Branco é útil, necessária e pertinente.
Como se preparar emocionalmente para este ano que ainda deve exigir restrições como distanciamento social? 
Em palestras, entrevistas e reuniões virtuais tenho defendido a tese de que as pessoas precisam abraçar o pacto pela saúde mental que o Janeiro Branco está propondo. Isso dará a elas a chance de contribuírem para uma causa coletiva e universal, proporcionando-lhes sentimentos de responsabilidade social, utilidade pública, propósito, autocuidado e pertencimento.
As pessoas devem entender que nós, seres humanos, somos seres da comunicação orientados por sentidos que damos às nossas próprias vidas. Como dizia Nietzsche e Viktor Frank, quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como.
Mais do que nunca, é preciso que as pessoas invistam em autoconhecimento, autonomia e autoestima, tornando-se, metaforicamente falando, árvores com raízes mais fortes e capazes de resistir às inevitáveis intempéries do tempo.
Também é importante que as pessoas recorram a técnicas amplamente validadas quando o assunto é prevenção em saúde mental, como ioga, meditação, mindfulness, exercícios físicos regulares, sono regular, alimentação saudável, hábitos culturais que estimulem a criatividade e a cognição, vida sexual sincera e saudável, vínculos sociais reais e profundos, bom senso nas relações sociais e práticas espirituais harmônicas e equilibradas.
Por fim, é necessário que sejamos um país mais justo, mais igualitário e mais garantidor dos direitos sociais e dos direitos humanos. Não há campo fértil para a saúde mental onde reinam misérias sociais, violências (concretas ou simbólicas) nas relações interpessoais e más intenções políticas nos processos individuais e coletivos.

Janeiro Branco: a importância de se falar sobre Saúde Mental

Em texto assinado, no Jornal Estadão, pela Gerente de Saúde Corporativa do Grupo Boticário, @renatasimioni apresenta uma límpida e pedagógica tradução a respeito das várias importâncias e das várias dimensões que a Campanha Janeiro Branco possui enquanto uma Campanha dedicada à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade.

Obrigado, Renata, pela sua gentileza e, ainda mais, pela sua sensibilidade em nos mostrar valiosas facetas de relação entre “mundo organizacional”, “Saúde Mental” e os potenciais da Campanha Janeiro Branco em chamar a atenção de todas as pessoas para essas (cada vez mais) necessárias questões!

Isso é colaborar com o pacto pela Saúde Mental que o Janeiro Branco 2021 propôs ao mundo!

Leia, abaixo, o texto escrito pela Renata Simioni no Jornal EstadãoFonte: Jornal Estadão

Eu sou o tipo de pessoa que adora fechar ciclos, limpar as gavetas, doar as roupas que passaram o ano todo no guarda-roupa e começar tudo de novo. Sou o tipo que renova as esperanças, projeto metas, faço outros combinados comigo mesma sobre o novo ciclo que começa. Janeiro é sempre esse mês para mim.
Esse ano tenho lido muita coisa sobre o Janeiro Branco. Confesso que é o primeiro ano que ele me chama atenção, apesar de já falarem sobre ele desde 2014.
O termo foi criado pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão e foi reconhecido pela OMS logo após. Em uma palestra recente da Izabella Camargo, jornalista e autora do livro “Dá um tempo”, ela traz uma definição que eu achei ótima: “Um Janeiro Branco para 11 meses coloridos”. Um mês inteirinho para pararmos e pensarmos o que queremos para nós nesse novo ano.
O “mês branco” vem para nos fazer refletir sobre onde e como estamos e o que queremos evoluir, seja na vida pessoal, social, espiritual e/ou do trabalho. Isso ajuda muito estabelecer uma cultura de cuidado de saúde mental na sociedade. Essa é a “parte” da saúde que é muito subjetiva e que não se mede por meio de exames laboratoriais. Ela demanda investir tempo em autocuidado e autoconhecimento para nos deslocarmos para o nosso próprio padrão, onde EU me sinto bem física e mentalmente.
Os números de saúde mental no nosso país e no mundo são alarmantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência de ansiedade no mundo com 9,3% da população. Ainda somos o segundo maior em número de pessoas com depressão (5,8%), somente atrás dos Estados Unidos (5,9%) e muito à frente da prevalência mundial (4,4%). O suicídio está no 3º lugar entre as causas de morte externa, atrás de acidentes e agressões.
Quando vejo esses dados e as tendências, não há qualquer dúvida que há uma necessidade urgente de ação sobre o tema: precisamos evoluir na identificação, tratamento e prevenção de todos esses transtornos. Mas a principal pergunta para algo tão subjetivo é: como fazer tudo isso?
Sou médica há mais de 11 anos e trabalho na gestão de saúde corporativa há oito. Saúde mental já representa a segunda maior causa de afastamento do trabalho. Esse sempre foi o tema mais complexo na minha atuação, principalmente, por ser algo com tanto estigma e preconceito. E vivendo uma pandemia, vejo que estamos trilhando um caminho de sucesso no tema, apesar de saber que temos muito a aprender e evoluir.
Não existe fórmula mágica, mas se eu puder dar alguns conselhos para quem está olhando o tema é:
– acolhimento: ter pessoas competentes para acolher os casos críticos;
– prevenção: ações individuais e coletivas que abram espaço para escuta ativa;
– diversidade de ações: diversifique os estímulos porque as pessoas reagem de forma diferente a estímulos diferentes;
– fale sobre o tema: comunique e explique em todas as oportunidades;
A jornada é longa e diferente em todos os lugares e vai mudar a vida das pessoas e das organizações para muito melhor!
*Renata Simioni é gerente de saúde corporativa do Grupo Boticário
Fonte: Jornal O Estadão

Campanha Janeiro Branco consolida-se como a maior Campanha do mundo em prol da Saúde Mental da humanidade.

Tudo o que é grande no Brasil já nasce com vocação para ser grande no mundo todo – somos um país gigante em várias dimensões, nossas grandezas garantem grandezas à toda a humanidade.

Assim também ocorre com a Campanha Janeiro Branco, a Campanha brasileira sobre Saúde Mental: a extensão, a profundidade, a diversidade, a velocidade e a capilaridade com que a Campanha difundiu-se pelo Brasil asseguram-lhe, indubitavelmente, a condição de maior Campanha do mundo em prol da construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade.

Alguns dos milhares de registros da Campanha Janeiro Branco 2021

Pesquise “Janeiro Branco” no Google.
Dá uma olhada nas nossas redes sociais (@janeirobranco).
Pesquise pela hastag #janeirobranco no Instagram.

Testemunhe a quantidade de ações realizadas por ocasião do Janeiro Branco e veja a (maravilhosa e poderosíssima) extensão que a Campanha tomou em todo o território nacional: seja em capitais, seja em cidades do interior, seja em qualquer região do país e em todo tamanho de cidade!

Pesquise e testemunhe o extraordinário fenômeno de adesão – espontânea e voluntária – que a Campanha gerou em todos os tipos e perfis de instituições públicas e privadas do nosso país.

Alguns dos milhares de registros da Campanha Janeiro Branco 2021

A Campanha foi levada para dentro das vidas das pessoas em todos os lugares em que as pessoas se encontram: lares, empresas, ruas, praças, igrejas, prefeituras, shoppings, trânsito, missas, cultos, programas de televisão, programas de rádio, canais na internet, movimentos sociais, escolas, universidades, aeroportos, rodoviárias, pontos de ônibus, clubes, praias, centros esportivos, restaurantes, padarias, condomínios, comunidades…

Por isso, sem sombra de dúvidas, em 2021 e antes mesmo de 2021, a Campanha Janeiro Branco consolidou-se como a Campanha brasileira sobre Saúde Mental e a maior iniciativa do mundo em prol de uma cultura da Saúde Mental nas vidas das pessoas.

Alguns dos milhares de registros da Campanha Janeiro Branco 2021

Sua proposta, UM PACTO PELA SAÚDE MENTAL DO MUNDO, foi abraçada por um número incontável de indivíduos e de instituições sociais em toda a extensão da sociedade brasileira, em todas as suas dimensões e em todas as suas configurações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Janeiro Branco 2021: PACTO PELA SAÚDE MENTAL!

Sempre de maneira horizontal, plural, inclusiva, democrática, legítima, espontânea, progressista, humanista, transversal, transdisciplinar, integrativa, criativa, proativa, propositiva e inspiradora.

Convidando indivíduos e instituições sociais a refletirem sobre Saúde Mental e a adotarem estratégias, públicas e privadas, para mais Saúde Mental nas vidas de todas as pessoas.

Convidando cidadãos comuns e autoridades políticas a lutarem por mais políticas públicas para Saúde Mental da população e para a Rede de Atenção Psicossocial do Brasil.

Apresentando a Rede de Atenção Psicossocial brasileira à sociedade brasileira – explicando a sua história, a sua importância e a necessidade da sua defesa, assim como da sua promoção e de melhorias em suas estruturas.

Inspirando e instigando indivíduos a buscarem conhecimentos e estratégias para investimentos, particulares e cotidianos, em mais Saúde Mental no dia a dia das suas vidas e das suas relações.

Inspirando e cobrando os poderes públicos a investirem e a desenvolverem mais políticas públicas para a Saúde Mental e para os seus mecanismos em nossa sociedade.

Sensibilização e conscientização geram mobilização e políticas públicas
Janeiro Branco: uma Campanha cada vez mais necessária, mais atual, mais contributiva e mais valorizada pelo infinito desejo da humanidade em saber mais sobre Saúde Mental, em falar mais sobre Saúde Mental e em investir mais em Saúde Mental de maneria acessível, realista, didática, pedagógica, sensata, científica e universal.
Em 2021, a Campanha Janeiro Branco inspirou indivíduos, instituições sociais e multidões em relação à ideia de que TODO CUIDADO CONTA quando o objetivo é viver com mais Saúde Mental, mais paz, mais sentidos saudáveis e mais harmonia em todas as nossas relações – a começar pela relação original e fonte inescapável de todas as demais relações: a relação com nós mesmos.
Agora, após mais um estrondoso e crescente sucesso popular, político e social da Campanha Janeiro Brancoque venha o mês de Fevereiro e com ele o ano inteiro com a gente falando sobre Saúde Mental!

#JB365 #JB12X #DEJANEIROAJANEIRO #JBTODODIA #JBFULLTIME

Pois a Campanha chama-se Janeiro Branco porque Janeiro é o farol, a janela e o sinal de que “OU A GENTE CUIDA MENTE, OU A MENTE ACABA COM A GENTE”, lembrando povos e instituições que Saúde Mental é o eixo da vida, inspirando, logo no início do ano, ações, reflexões e estratégias que devem ser elaboradas, desenvolvidas e aplicadas por todas as pessoas ao longo de todo o tempo de suas fecundas existências.

De janeiro a janeiro, 365 dias por ano, como nunca antes as pessoas haviam sido inspiradas a fazerem, até a chegada da Campanha que fez com que Saúde Mental virasse pauta no Brasil.

Alguns dos milhares de registros da Campanha Janeiro Branco 2021

Por uma cultura da Saúde Mental no mundo.

Por um pacto pela Saúde Mental da humanidade.

Por um paradigma cultural em que fique claro e evidente que todo cuidado conta.

Por um novo tempo para a Saúde Mental dos indivíduos, dos povos e das instituições sociais.

Por mais respeito à subjetividade humana.

Por mais espaço para a PSICOEDUCAÇÃO das sociedades.

JANEIRO BRANCO: QUEM CUIDA DA MENTE, CUIDA DA VIDA!

Janeiro Branco é sobre tudo!

Janeiro Branco: Saúde Mental virou pauta!

Milhares de horas de entrevistas sobre Saúde Mental nas mídias de todo o país.

Milhares de horas de LIVES sobre Saúde Mental.

Milhares de postagens em redes sociais sobre Saúde Mental.

Milhares de ações e de iniciativas sobre Saúde Mental em instituições públicas e privadas de todo o país.

Milhões de pessoas sendo impactadas e convidadas a pensar sobre Saúde Mental em suas vidas.

Sensibilização de autoridades sobre a importância de políticas públicas para a Saúde Mental.

Despertar do imaginário social a respeito da importância da Saúde Mental para a humanidade.

Orientações práticas + reflexões profundas, mas acessíveis + responsabilidade social + ética profissional + solidariedade humana + utilidade pública 😉

Boa vontade. Inteligência política. Senso de emergência. Humanidade.

Janeiro Branco: Por uma cultura da Saúde Mental.

#janeirobranco
#janeirobranco2021
#quemcuidadamentecuidadavida
#saudemental
#saudementalviroupauta
#porumaculturadasaudemental
#psicoeducaçãomudaomundo
#IssoÉoJaneiroBranco
#ValorizaCAPS
#SaudeMentalParaTodos
#VemPraSaudeMental
#TodosTemDireitoASaudeMental
#pactopelasaúdemental
#todocuidadoconta #jb365 #saudementaldejaneiroajaneiro #saúdementaldejaneiroajaneiro

Rede pública de Saúde adere, fortemente, à Campanha Janeiro Branco!

De ponta à ponta do Brasil, a rede pública de Saúde brasileira aderiu, fortemente, à Campanha Janeiro Branco e ao Pacto pela Saúde Mental proposto pelo Instituto Janeiro Branco.

Por meio de suas várias dimensões e por meio de seus vários mecanismos de Saúde, instituições públicas de Saúde do país compreenderam a importância estratégica e a pertinência socio-histórica do Janeiro Branco – a Campanha brasileira sobre Saúde Mental.

Veja, a seguir, algumas das centenas de imagens que, diariamente, os meios de comunicação do Janeiro Branco recebem com registros de ações desenvolvidas pelas instituições públicas de Saúde do nosso país a respeito da Campanha Janeiro Branco.

Isso é campanha sendo campanha e dando visibilidade à existência, às questões, às necessidades, à importância, aos desafios e aos múltiplos potenciais da rede pública de atendimento psicossocial em nossa sociedade – sempre por uma cultura da Saúde Mental na humanidade 😉

 

A importância de se cuidar da saúde mental nas empresas

Convidamos novamente o Zenklub, um dos nossos parceiros oficiais e especialista em saúde emocional, para enriquecer nosso blog com sua experiência no mercado de saúde emocional.

Da primeira vez, eles falaram sobre autocuidado e mundo digital, dessa vez, vieram destacar a importância de se cuidar da saúde mental nas empresas.

Um infográfico do Zenklub, inclusive, foi uma das fontes da questão de redação no ENEM 2020, cujo tema foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”.

O infográfico (que pode ser visualizado abaixo) destacava como o impacto da depressão, que atinge milhões de brasileiros, chega até a produzir perdas financeiras para as empresas.

Com essa perspectiva em mente, acompanhe o que o Zenklub, o mais completo ecossistema de saúde emocional do Brasil, têm a dizer sobre as vantagens de se fazer uma boa gestão focada em bem-estar mental.

Mais saúde mental nas empresas traz muitos benefícios para colaboradores

São muitas as melhorias para o dia a dia das equipes que um investimento em bem-estar pode trazer. Tais como:

Bons índices de QVT (qualidade de vida no trabalho): com mais saúde mental nas empresas, o clima organizacional vê uma mudança positiva, o que colabora para uma melhor QVT, garantindo condições de trabalho mais adequadas e criando um ambiente mais acolhedor.

Aumento na confiança: a sensação de incerteza é algo que gera ansiedade, por isso, ao mostrar ao seu colaborador que a sua empresa está ao lado e zela pelo seu emocional, você desenvolve profissionais mais confiantes em si mesmos e na corporação como um todo, enquanto evita que se tornem demasiadamente ansioso.

Relacionamentos mais sólidos: com menos estresse, a comunicação entre pessoas e equipes vê uma clara melhora. Assim sendo, as trocas se tornam mais produtivas e os feedbacks ainda mais construtivos.

Sem Burnout: uma grande preocupação de muitos trabalhadores hoje em dia é de sofrerem da Síndrome de Burnout. Desgastante para o corpo e a mente, essa síndrome pode ser evitada quando a empresa se dedica a cuidar do emocional de todos que compõem sua operação.

Lideranças também se beneficiam do investimento em saúde mental nas empresas

De gestão de pessoas mais eficiente e aumento no lucro, fortalecer a saúde mental nas empresas é um bom investimento. Entenda melhor abaixo:

Mais produtividade: equipes com bem-estar e equilíbrio emocional, a partir do amparo da empresa, são equipes motivadas. E com o aumento da motivação, vê-se um crescimento claro na produtividade dos colaboradores, seguindo uma curva de desenvolvimento saudável.

Redução no absenteísmo: complicações emocionais são grandes fontes de absenteísmo. Portanto, reduzir a incidência de depressão, ansiedade e outros acometimentos gera equipes que faltam menos e não precisam de tantos afastamentos por questões de saúde mental.

Menos turnover: empresas que não prezam pelo bem-estar das equipes têm uma dificuldade muito grande de fazer uma boa retenção de talentos. Dessa forma, para diminuir o turnover, é essencial dar uma garantia emocional, certificando-se de que todos encontram na empresa uma oportunidade de se manterem saudáveis no trabalho e na vida como um todo.

Bom ROI: E como se tudo isso não bastasse, também é observado um bom retorno sobre o investimento feito em saúde mental nas empresas. O ROI para esses casos é de 3,68 vezes. Além disso, quando avalia-se exclusivamente o segmento de gestão, o ROI pode chegar a 6,3 vezes.

Como dar início à Era do Emocional na sua empresa

Procure o Zenklub para ser o seu parceiro estratégico na Gestão Emocional. Para além de benefícios corporativos destinados a todos os colaboradores, o Zenklub também oferece dados e treinamentos para fortalecer as lideranças.

Conte com um ecossistema completo e especializado em saúde mental nas empresas, que já trabalha com parceiros como Ambev, Natura, Estadão, Creditas, Votorantim e Tecnisa.

Janeiro Branco: como promover dentro da enfermagem?

por Rafael Polakiewicz (pebmed.com.br)

Um novo ano se inicia e com ele novas esperanças, possibilidades e sonhos. É o momento em que somos incentivados a pensar no passado e repensar o futuro, fazendo lista de intenções para o ano que chegou. Em 2020 muitas coisas aconteceram, mudando a vida de todos nós. Foram modificações em todos os níveis, seja no aspecto relacional, profissional ou afetivo. A pandemia modificou toda a nossa vida e muitos de nós fizeram diversas reflexões sobre o seu bem estar emocional. No entanto, há aqueles que não refletiram sobre esse aspecto e possuem diversos sofrimentos psíquicos, que se relacionam ou não com os acontecimentos da pandemia. Indubitavelmente a pandemia modificou a forma de pensarmos no mundo. Muitos tiveram um aumento da vulnerabilidade, já outros conseguiram, mesmo em meio a pandemia, refletir e criar novas rotas de fuga para problemas conhecidos. Por isso o Janeiro Branco é um assunto tão importante hoje.

A campanha Janeiro Branco

A campanha Janeiro Branco surge para falar sobre saúde mental e sua importância durante o mês. A tentativa é criar uma cultura de saúde mental na humanidade e em sua 8ª edição se torna cada vez mais necessária. Por causa da pandemia, a campanha necessitou criar ações com ajuda da tecnologia e está sendo realizada com lives, palestras online, rodas de conversa, postagem na rede social, entre outras coisas.

É importante que nós possamos, enquanto profissionais de saúde, não só em janeiro, mas durante todo ano, criar novas possibilidades de promoção da saúde mental das pessoas. O enfermeiro tem papel crucial nessas atividades, uma vez que reúne todas as prerrogativas de gerar essas ações em relação a saúde mental e sua promoção. Duarte et.al (2020) revelam que: estudo iniciais consideram a necessidade de aumentar o número de profissionais com conhecimento em saúde mental na busca de assistir necessidades dos membros da comunidade, diante do sofrimento psíquico. Vale o conhecimento discutido por Schmidt, Crepaldi & Neiva-Silva (2020):

“A saúde mental e o bem-estar psicológico dos profissionais da saúde podem ser afetados pela exposição aos seguintes estressores: risco aumentado de ser infectado, adoecer e morrer; possibilidade de inadvertidamente infectar outras pessoas; sobrecarga e fadiga; exposição a mortes em larga escala; frustração por não conseguir salvar vidas, apesar dos esforços; ameaças e agressões propriamente ditas perpetradas por pessoas que buscam atendimento e não podem ser acolhidas pela limitação de recursos; e, sentimento de isolamento, pelo afastamento da família e amigos”.

Outro estudo de Barros et.al.(2020), revela que:

“A dimensão do impacto da pandemia e do isolamento social sobre aspectos da saúde mental teve maior impacto nos adultos jovens e nas mulheres sinaliza segmentos demográficos de maior vulnerabilidade, a demandar a aplicação e o aprimoramento das estratégias de preservação e atenção à saúde mental durante a pandemia”.

O que o profissional de enfermagem pode fazer

Por esse motivo, apoiamos a iniciativa Janeiro Branco. Acessando o site do Janeiro Branco podemos então compreender um pouquinho mais das possibilidades de saúde mental. É uma campanha que busca uma cultura de saúde mental e por isso, uma humanidade mais saudável. Acontece logo no início do ano, data propícia para reflexão, ou uma tela em branco que podemos construir novas possibilidades de viver. E dentro desse processo busca-se com essa campanha adicionar proposições de saúde mental a vida das pessoas.

A finalidade é falar de saúde mental. O Janeiro Branco também busca conscientizar o governo sobre a necessidade da criação de políticas de promoção à saúde mental da população e os serviços online podem ajudar muito.

Caso o profissional compreenda a necessidade de avaliação especializada para si, familiar ou usuários do serviço de saúde, deve-se buscar imediatamente os recursos disponíveis nas localidades de atenção em saúde. A iniciativa procura prevenir assim o adoecimento mental. Assim como pretendido pelo psicólogo e fundador Leonardo Abrahão pires Rezende, o movimento que possui voluntários em todo o Brasil, vem crescendo no conhecimento popular e já é uma realidade.

Realize um movimento de cuidado com nós mesmos e com outras pessoas, construindo uma rede de solidariedade e cuidado da saúde mental. Entre no site, cuide de você e compartilhe. Além disso, busque discutir sobre saúde mental em sua rede e promova a saúde mental de outras pessoas. A saúde é um princípio constitucional que deve ser valorizado e protegido por todos. Para se ter saúde é muito importante refutar a dicotomia mente-corpo e pensar no cuidado na sua integralidade.

Referências bibliográficas:

  • Barros, M. B. Aet.al. Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde29(4), e2020427. Epub 20 de agosto de 2020
  • Duate M.Q. et. al. COVID-19 e os impactos na saúde mental: uma amostra do Rio Grande do Sul, BrasilCiênc. saúde coletiva 25 (9) 28 Ago 2020, Set 2020.
  • Schmidt, B.; Crepaldi, M. A. & Neiva-Silva, L. Saúde mental da população geral e dos profissionais da saúde durante a pandemia de COVID-19. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2020.

Autor do texto: Rafael Polakiewicz
Fonte original do texto: https://pebmed.com.br/janeiro-branco-como-promover-dentro-da-enfermagem/amp/, em 21/01/2021
Imagem desta postagem: autor desconhecido

Belca: arte e Saúde Mental na superação da Síndrome de Burnout [ATO 1]

Conheça a história de Belca, uma artista visual que entrou em contato com a Campanha Janeiro Branco e nos emocionou com a sua trajetória, a sua coragem e a maneira como se (re)apropriou da escrita (da produção!) da sua própria história de vida!

Vamos lhe contar essa história em três etapas, em três posts aqui no Blog do Janeiro Branco – ou, em outras palavras, em três atos, como Belca também nos contou por meio de um relato bastante sensível sobre os caminhos que a levaram à arte e a uma explosão de cores, de criatividade e de Saúde Mental em sua vida!

Ato 1: O Burnout:

Belca e a arte que ajudou na reescrita da própria história de vida

“Eu quero voltar pra casa” – foi a primeira frase que disse para a Psiquiatra quando cheguei no consultório pela primeira vez.

Eu me sentia longe da minha identidade, eu não reconhecia meus valores nem os meus sentimentos, nem meu humor, nem meu corpo. E é tudo tão confuso e invisível. Sim, isso é a Síndrome de Burnout.

Ela chega quieta e traiçoeira, em poucos meses está instalada e você nem percebeu. Quer dizer, perceber, percebeu, porque você teve uma dor de cabeça ou distúrbios gastrointestinais ou enjoos ou tonturas ou ficou com o coração acelerado ou teve insônia ou teve tudo isso junto. Esses são alguns dos sintomas físicos e perceptíveis do Burnout.

Eu disse traiçoeira porque, mesmo sentindo tudo isso, há uma enorme dificuldade de entender, de se concentrar, de interpretar, de se organizar e você começa a acreditar que isso é incompetência sua e se sente um derrotado.

Isso se agrava quando não se tem uma gestão treinada e até caberia dizer “humana” para ajudar, mesmo que você peça ajuda.

Arte da artista Belca inspirada na Campanha Janeiro Branco

O QUE ACONTECEU COMIGO?

Apesar de trabalhar muito, tudo ia bem em Outubro de 2018, eu havia até recebido um aumento salarial pouco tempo antes, o que me deu a entender que a empresa onde eu trabalhava estava satisfeita com a minha entrega e que, com um aumento, diminuiriam as chances de eu me interessar por outro emprego, em outro lugar. Bom para ambas as partes, eu diria.

Foram 8 anos de trabalho, 3 promoções, alguns aumentos salariais, diversos reconhecimentos até o dia que o time implodiu. De 10 ficamos em 3 pessoas e, por alguns momentos 2 considerando as férias que são recorrentes no último mês do ano. Nesse período eu trabalhei de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Para a área que eu trabalhava esse era um mês intenso, com renovações de contratos importantes e fechamentos financeiros. Até aí, essa era a funcionária que a empresa conhecia, eu sempre me dediquei e principalmente, sempre me importei. Eu já tinha vivido momentos intensos assim antes lá mesmo.

Mas uma coisa foi diferente nesse período: eu recebi muitos, mas muitos feedbacks negativos. Sofri represália por ter esquecido uma palavra em um e-mail, acordava com mensagens no celular falando que estavam reclamando de mim, escutei que “apanhava” em reuniões, tive erros ressaltados dia sim, dia também. Apesar dos feedbacks sempre chegarem acompanhados de um “eu quero te proteger”, eu sabia que sofria requintes de assédio moral.

Juntou o cansaço com essa crítica recorrente e sem perceber, eu entrei em estado de burnout ou, esgotamento profissional.

O ano de 2019 começou com um time novo mas eu já estava tomada pela síndrome, sem saber. Apesar de continuar trabalhando bastante, minha performance era baixa, eu me esquecia dos combinados da reunião do dia anterior, tinha apagões de memória, fazia muitas confusões mentais. Comecei a me isolar, não sabia mais quais eram os meus valores, os meus limites, não conseguia me concentrar, ficava muito irritada e chorava frequentemente.

No meu corpo haviam muitos sinais, mas sei lá o que dá na gente nesse mundo louco onde o trabalho vira a razão do nosso viver. Eu estava perdendo muito cabelo, eu desenvolvi uma apertamento dentário (os músculos da boca ficam contraídos involuntariamente), o que me gerou trauma nos dentes. Eu tive problemas gastrointestinais por 50 dias e perdi 8 quilos que me deixaram tão magra que parei de menstruar. Uma coisa puxa a outra e as consequências foram diversas, severas e duradouras.

Com tudo isso acontecendo no meu corpo físico e com tanta reclamação em relação ao meu trabalho e performance, como pedir uma licença ou até mesmo uma manhã para ir ao médico? Pareceria uma afronta.

Reescrevendo, e assinando, a própria história de vida

Fui descobrir que estava com a Síndrome de Burnout em março de 2019, iniciei o tratamento terapêutico imediatamente porém o tratamento psiquiátrico fundamental para quem sofre dessa síndrome aconteceu apenas após a minha demissão que aconteceu em maio do mesmo ano. Apesar da surpresa de ter sido demitida doente, finalmente tive tempo para buscar tratamento. E pasmem: a síndrome de burnout pode acometer rapidamente mas são pelo menos 2 anos para uma recuperação completa. Na data em que escrevo este texto (1º de Setembro de 2020), me afasto por 22 meses do momento inicial do ocorrido e me sinto capaz e organizada mentalmente para dividir isso com vocês com a intenção de conscientizá-los da dura recuperação dessa síndrome e tentar ajudá-los a perceber quando essa doença se aproximar.

Pra finalizar, posso dizer que trabalhei muito e chutei muito pro gol. E quem chuta muito pro gol, faz gol e também erra.

E, sendo honesta e gentil comigo mesma, eu sei que joguei pra valer, mesmo no meu pior estado eu joguei pra valer e só saí da partida quando me tiraram do campo.

Para mais informações sobre Belca: www.belca.com.br

Belca: arte e Saúde Mental na superação da Síndrome de Burnout

Campanha Janeiro Branco vive dizendo “Saúde Mental tem jeito sim, mas você precisa saber o que fazer!”, não é mesmo?

Agora nós vamos lhe apresentar uma história muito inspiradora sobre adoecimento emocional, sofrimento e superação a olhos vistos!

A olhos vistos, mesmo!

Conheça a história de Belca, uma artista visual que entrou em contato com a Campanha Janeiro Branco e nos emocionou com a sua trajetória, a sua coragem e a maneira como se (re)apropriou da escrita (da produção!) da sua própria história de vida!

Vamos lhe contar essa história em três etapas, em três posts aqui no Blog do Janeiro Branco – ou, em outras palavras, em três atos, como Belca também nos contou por meio de um relato bastante sensível sobre os caminhos que a levaram à arte e a uma explosão de cores, de criatividade e de Saúde Mental em sua vida!

Belca e o resgate da autoria da sua própria história de vida

Obra da artista paulistana é resultado de uma rica busca conceitual, da luta para superar o Burnout e da busca pelo equilíbrio por meio da arte

Quem conhece a obra da artista visual Belca logo se encanta com seus quadros desenvolvidos a partir de um original método de composição em recorte e colagem de papel, com formas e cores fortemente inspiradas na natureza e responsáveis por levar significado, bem-estar e harmonia para dentro da casa das pessoas.

Esse resultado é, aliás, fruto do próprio processo criativo desenvolvido pela artista, que une técnica, sentimento, prazer e liberdade para compor, buscando novas combinações e reiniciando o processo sempre que necessário. Provavelmente por esse motivo tantas pessoas têm se identificado com a obra de Belca, cuja página no Instagram reúne mais de sessenta mil apaixonados seguidores.

“Este é um trabalho com um caráter muito lúdico, existe uma sensação de brincadeira mesmo, montando e desmontando os elementos até o momento em que a composição me agrade. Ao mesmo tempo, esse método gera um estado meditativo que conduz a uma sensação de bem-estar tão preciosa quanto o resultado final do trabalho artístico, é muito especial”, explica Belca.

O mais fascinante é que esse sistema de trabalho traduz a própria transformação vivida pela artista em sua vida pessoal, quando precisou se reinventar e buscar novos rumos para unir carreira profissional, realização pessoal e maternidade, até encontrar uma composição equilibrada, produtiva e saudável para sua vida, baseada no arteempreendedorismo.

“Eu sempre me mantive perto das artes, encarando-a por muito tempo como hobbie e terapia, enquanto me dedicava à carreira no universo corporativo de uma grande multinacional. Entretanto, acabei vivendo um momento delicado em minha vida, que me levou a desenvolver a Síndrome de Burnout. Como forma de superar essa fase desafiadora, resolvi, em meados de 2019, me voltar à arte, dedicando a ela toda a minha atenção”, revela a artista paulista.

SUPERAÇÃO E BUSCA CONCEITUAL

No início desse processo, Belca ainda não tinha claro que caminho seguir. “Quando decidi me voltar definitivamente à arte, como forma de superar o Burnout, iniciei também uma profunda busca conceitual por um estilo artístico próprio. Me propus então o desafio de realizar um trabalho criativo diário, ao longo de cem dias, sempre tendo em mente a questão ‘Quem sou eu na arte?’.”

“Eu comecei então a chegar em um desenho. Antes do papel, eu cheguei em um desenho que me representava. Eu comecei a descobrir que eu amava trabalhar com linhas. Assim desenvolvi um desenho, um objeto, com inspiração em formas da natureza e presença marcante de linhas, que eu passei a chamar de pinõn. Cheguei, aliás, a fazer algumas composições só de pinõns.” 

“Aí, um dia uma amiga falou ‘eu quero um quadro seu, faça o que você quiser’. Foi nessa ocasião que eu falei ‘agora eu vou para o papel’. Assim, transferi esse desenho que eu vinha concebendo ao longo de cem dias para o papel. E acabei me encantando com as infinitas possibilidades de composição do recorte e colagem, que, para mim, trazem uma linda analogia às fases da vida: construção, desconstrução e reconstrução. Afinal, a colagem exige criatividade para compor um novo cenário com os mesmos elementos.”

Esse processo acabou levando ao desenvolvimento do método @belca, cujas obras se inspiram em elementos naturais com composições únicas em recorte e colagem, com a escolha dos papéis, cores, texturas e medidas sendo feita especialmente para cada projeto.

“A natureza é, sem dúvida, a inspiração-mãe para o meu método de trabalho. As composições e combinações de cores estão todas prontas na natureza, a gente só precisa conseguir olhar e, é claro, como sou brasileira e tenho o meu DNA tropical, sinto esse impulso de buscar referências na nossa alegria, na nossa herança genética, então eu gosto muito de explorar as cores e suas inúmeras possibilidades, destaca Belca.

Entretanto, engana-se quem pensa que a inquietação artística de Belca se arrefeceu após chegar a um conceito próprio. Afinal, a artista tem se proposto nos últimos tempos a enfrentar novos desafios, como a transposição de seu estilo artístico para a arte de rua, seja nos muros das vias urbanas, seja em esculturas como o enorme coração que pintou para a exposição Art of Love SP 2021.

O sentimento artístico de Belca, aliás, não é de hoje. “Minha história com as artes teve início com a máquina de costura da minha avó ainda na infância e só veio se fortalecendo de lá pra cá. Foi essa conexão precoce com o universo artístico que me levou a estudar Design na Faculdade Belas Artes de São Paulo. Nessa profissão, em que atuei por uns bons anos, pude aprimorar meu olhar artístico, além de ter me mantido sempre conectada ao universo das formas e cores.”

“Posteriormente, morei em Londres, onde me aproximei da arte de rua, das intervenções urbanas e de toda a energia e expressões artísticas daquela megalópole. Além disso, tendo sempre a capital inglesa como base, aproveitei para ‘mochilar’ pelos países do Velho Continente, desbravando a Renascença, o Art Nouveau e o Modernismo, antes de voltar ao Brasil e ingressar na vida corporativa.”

Se você quer conhecer melhor o método desenvolvido pela artista ou se deseja saber as principais novidades de seu trabalho, acompanhe a página oficial @belca no Instagram ou visite o portal www.belca.com.br.